6.11.09

Quando a gente [re]ama.

É bem ali, no instante de não pensar e pensar. Vejo-me, em sonhos, driblando obstáculos para ver-te passar por aí, em uma ruela qualquer. Eu espero andando tua vinda parada. Alguma coisa martela em meu coração, uma saudade, um carinho, eu não sei não. Só sei que conheço a melodia neste martelar, ritmado.

Sinto beijos em meu rosto, mandados por ti, jogados ao vento, com número e endereço. E o vento sussura no meu ouvido que tu estás por perto. E me orienta para tua direção. Teimo. Tenho medo. E sigo o sentido contrário, mas tu estás por toda parte.

Labirinto. Paro. Respiro. Procuro outro canto. Então, por entre as frestas da janela, o sol aquece meu corpo já aquecido de sonhos teus, acordo. E lembro teu rosto. E ponho-me a fechar os olhos outra vez. Teus olhos continuam a me fitar, e emanam saudade. Já os meus, refratam e refletem toda esta procura não achada, este entendimento incompreensível.

Há suspiros. Minhas pernas, já trêmulas, reconhecem o que as fazem tremer. Esta luz ilumina toda esta penumbra que fez, desde tua ausência, moradia em meu peito. Quando a gente [re] ama, o coração é rápido em entender...

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